sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
TUDO DE FLOR.
E tinha algo de flor
Porque trazia
do jardim o perfume
das pétalas, o toque delicado
de mãos macias
um sorriso de gotas
de orvalho transpassadas
pela luz de primeiro raio de sol
E tinha algo de flor
No olhar de menina
que tem medo de escuro
não pela escuridão em si
mas de estar sozinha
quando apagarem as luzes
E tinha algo de flor
Nos cabelos que modelavam
sutilmente um rosto
de traços marcantes
nas formas singelas
de seus ombros desnudos
fazendo-me imaginar
a nudez de sua alma
Ao se tocar pele tão tenra
é possível prever o que está por vir:
O inimaginável
E tinha algo de flor
Mesmo na luta
mesmo em conflitos tão eternos
mesmo em cotidiana labuta
Tinha e sempre terá TUDO de flor.
Rodrigo Carvalho Lucas de Freitas
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