sábado, 18 de janeiro de 2014
Pobre Amor de =Aluísio Azevedo=
Calcula, minha amiga, que tortura!
Amo-te muito e muito, e, todavia,
Preferira morrer a ver-te um dia
Merecer o labéu de esposa impura!
Que te não enterneça esta loucura,
Que te não mova nunca esta agonia,
Que eu muito sofra porque és casta e pura,
Que, se o não foras, quanto eu sofreria!
Ah! Quanto eu sofreria se alegrasses
Com teus beijos de amor, meus lábios tristes,
Com teus beijos de a
mor, as minhas faces!
Persiste na moral em que persistes.
Ah! Quanto eu sofreria se pecasses,
Mas quanto sofro mais porque resistes!
=Aluísio Azevedo=
O Ciúme de =Bocage=
Entre as tartáreas forjas, sempre acesas,
Jaz aos pés do tremendo, estígio nume,
O carrancudo, o rábido Ciúme,
Ensanguentadas as corruptas presas.
Traçando o plano de cruéis empresas,
Fervendo em ondas de sulfúreo lume,
Vibra das fauces o letal cardume
De hórridos males, de hórridas tristezas.
Pelas terríveis Fúrias instigado,
Lá sai do Inferno, e para mim se avança
O negro monstro, de áspides toucado.
Olhos em brasa de revés me lança;
Oh dor! Oh raiva! Oh morte!… Ei-lo a meu lado
Ferrando as garras na vipérea trança.
=Bocage=
O Mar de =Cruz e Sousa=
Que nostalgia vem das tuas vagas,
Ó velho mar, ó lutador oceano!
Tu de saudades íntimas alagas
O mais profundo coração humano.
Sim! Do teu choro enorme e soberano,
Do teu gemer nas desoladas plagas,
Sai o quer que é, rude sultão ufano,
Que abre nos peitos verdadeiras chagas.
Ó mar! ó mar! embora esse eletrismo,
Tu tens em ti o gérmen do lirismo,
És um poeta lírico demais.
E eu para rir com bom humor das tuas
Nevroses colossais, bastam-me as luas
Quando fazem luzir os seus metais.
=Cruz e Sousa=
Há Poetas Que São Artistas de =Alberto Caeiro=
E olho para as flores e sorrio…
Não sei se elas me compreendem
Nem sei eu as compreendo a elas,
Mas sei que a verdade está nelas e em mim
(...)
=Alberto Caeiro=
O Guardador de Rebanhos, V de =Alberto Caeiro=
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(...)
=Alberto Caeiro=
Sou um guardador de rebanhos de =Alberto Caeiro=
Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
(...) =Alberto Caeiro=
Este Inferno de Amar de =Almeida Garret=
Esta chama que alenta e consome,
Que é vida – e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear?
(...)
= Almeida Garret=
Voz e Aroma de =Almeida Garret=
A brisa vaga no prado,
Perfume nem voz não tem;
Quem canta é o ramo agitado,
O aroma é da flor que vem.
(...)
= Almeida Garret=
Seus Olhos de =Almeida Garret=
Não tinham luz de brilhar.
Era chama de queimar
(...)
= Almeida Garret=
Destino de= Almeida Garret=
Que eras tu meu ser, querida,
Teus olhos a minha vida,
Teu amor todo o meu bem…
Ai! não mo disse ninguém.
(...)
= Almeida Garret=
Gozo e Dor de =Almeida Garret=
O excesso de gozo é dor.
Dói-me alma, sim; e a tristeza
Vaga, inerte e sem motivo,
No coração me poisou.
(...)
=Almeida Garret=
Não Te Amo de= Almeida Garret=
Não te amo, não.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror…
(...)
= Almeida Garret=
Minha mãe =Vinicius de Moraes=
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fronte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.
Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: - Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão, que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu.
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Dize que eu parta, ó mãe, para a saudade.
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.
=Vinicius de Moraes=
Medo de amar =Vinicius de Moraes=
O céu está parado, não conta nenhum segredo
A estrada está parada, não leva a nenhum lugar
A areia do tempo escorre de entre meus dedos
Ai que medo de amar!
O sol põe em relevo todas as coisas que não pensam
Entre elas e eu, que imenso abismo secular...
As pessoas passam, não ouvem os gritos do meu silêncio
Ai que medo de amar!
Uma mulher me olha, em seu olhar há tanto enlevo
Tanta promessa de amor, tanto carinho para dar
Eu me ponho a soluçar por dentro, meu rosto está seco
Ai que medo de amar!
Dão-me uma rosa, aspiro fundo em seu recesso
E parto a cantar canções, sou um patético jogral
Mas viver me dói tanto! e eu hesito, estremeço...
Ai que medo de amar!
E assim me encontro: entro em crepúsculo, entardeço
Sou como a última sombra se estendendo sobre o mar
Ah, amor, meu tormento!... como por ti padeço...
Ai que medo de amar!
=Vinicius de Moraes=
A esposa =Vinicius de Moraes=
Às vezes, nessas noites frias e enevoadas
Onde o silêncio nasce dos ruídos monótonos e mansos
Essa estranha visão de mulher calma
Surgindo do vazio dos meus olhos parados
Vem espiar minha imobilidade.
E ela fica horas longas, horas silenciosas
Somente movendo os olhos serenos no meu rosto
Atenta, à espera do sono que virá e me levará com ele.
Nada diz, nada pensa, apenas olha - e o seu olhar é como a luz
De uma estrela velada pela bruma. Nada diz.
Olha apenas as minhas pálpebras que descem
Mas que não vencem o olhar perdido longe.
Nada pensa. Virá e agasalhará minhas mãos frias
Se sentir frias suas mãos.
Quando a porta ranger e a cabecinha de criança
Aparecer curiosa e a voz clara chamá-la num reclamo
Ela apontará para mim pondo o dedo nos lábios
Sorrindo de um sorriso misterioso
E se irá num passo leve
Após o beijo leve e roçagante...
Eu só verei a porta que se vai fechando brandamente...
Ela terá ido, a esposa amiga, a esposa que eu nunca terei.
=Vinicius de Moraes=
Ternura =Vinicius de Moraes=
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção
nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem
fatalidade o olhar extático da aurora.
=Vinicius de Moraes=
Soneto do maior amor =Vinicius de Moraes=
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal-aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.
=Vinicius de Moraes=
Soneto do amor total =Vinicius de Moraes=
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
=Vinicius de Moraes=
Soneto de inspiração =Vinicius de Moraes=
Não te amo como uma criança,
nem Como um homem e
nem como um mendigo
Amo-te como se ama todo o bem
Que o grande mal da vida traz consigo.
Não é nem pela calma que me vem
De amar, nem pela glória do perigo
Que me vem de te amar, que te amo; digo
Antes que por te amar não sou ninguém.
Amo-te pelo que és, pequena e doce
Pela infinita inércia que me trouxe
A culpa é de te amar - soubesse eu ver
Através da tua carne defendida
Que sou triste demais para esta vida
E que és pura demais para sofrer.
=Vinicius de Moraes=
Receita de mulher =Vinicius de Moraes=
As muito feias que me perdoem Mas beleza é fundamental.
É preciso Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então Que a mulher se socialize elegantemente em azul,
como na República Popular Chinesa). Não há meio-termo possível.
É preciso Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque Como o âmbar de uma tarde.
Ah, deixai-me dizer-vos Que é preciso que a mulher que ali está como a
corola ante o pássaro Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre
um templo e Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos, então Nem se fala,
que olhem com certa maldade inocente. Uma boca Fresca (nunca úmida!)
é também de extrema pertinência. É preciso que as extremidades sejam magras;
que uns ossos Despontem, sobretudo a rótula no cruzar as pernas, e as
pontas pélvicas No enlaçar de uma cintura semovente. Gravíssimo é
porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável Que haja uma hipótese de barriguinha,
e em seguida A mulher se alteia em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mais que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebal
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas bem haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto sensível à carícia em sentido contrário. É aconselhável na axila
uma doce relva com aroma próprio Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!)
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos De forma que a cabeça dê por vezes
a impressão De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre Flores sem mistério.
Pés e mãos devem conter elementos góticos Discretos. A pele deve ser fresca nas mãos,
nos braços, no dorso e na face Mas que as concavidades e reentrâncias
tenham uma temperatura nunca inferior A 37º centígrados, podendo eventualmente
provocar queimaduras Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da terra; e Que se coloquem sempre para
lá de um invisível muro de paixão Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja
em princípio alta Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se fechar os olhos Ao abri-los ela
não mais estará presente Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha;
parta, não vá E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade De pássaro;
e que acariciada no fundo de si mesma Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave;
e que exale sempre O impossível perfume; e destile sempre O embriagante mel;
e cante sempre o inaudível canto Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição Constitua a coisa mais bela e mais perfeita
de toda a criação inumerável.
=Vinicius de Moraes=
Quem vai pagar o enterro e as flores Se eu me morrer de amores?
Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?
Quem, dentre amigos, tão amigo
Para estar no caixão comigo?
Quem, em meio ao funeral
Dirá de mim: - Nunca fez mal...
Quem, bêbedo, chorará em voz alta
De não me ter trazido nada?
Quem virá despetalar pétalas
No meu túmulo de poeta?
Quem jogará timidamente
Na terra um grão de semente?
Quem elevará o olhar covarde
Até a estrela da tarde?
Quem me dirá palavras mágicas
Capazes de empalidecer o mármore?
Quem, oculta em véus escuros
Se crucificará nos muros?
Quem, macerada de desgosto Sorrirá:
- Rei morto, rei posto...
Quantas, debruçadas sobre o báratro
Sentirão as dores do parto?
Qual a que, branca de receio
Tocará o botão do seio?
Quem, louca, se jogará de bruços
A soluçar tantos soluços
Que há de despertar receios?
Quantos, os maxilares contraídos
O sangue a pulsar nas cicatrizes
Dirão: - Foi um doido amigo...
Quem, criança, olhando a terra
Ao ver movimentar-se um verme
Observará um ar de critério?
Quem, em circunstância oficial
Há de propor meu pedestal?
Quais os que, vindos da montanha
Terão circunspeção tamanha
Que eu hei de rir branco de cal?
Qual a que, o rosto sulcado de vento
Lançará um punhado de sal
Na minha cova de cimento?
Quem cantará canções de amigo
No dia do meu funeral?
Qual a que não estará presente
Por motivo circunstancial?
Quem cravará no seio duro
Uma lâmina enferrujada?
Quem, em seu verbo inconsútil
Há de orar: -
Deus o tenha em sua guarda.
Qual o amigo que a sós consigo
Pensará: - Não há de ser nada...
Quem será a estranha figura
A um tronco de árvore encostada
Com um olhar frio e um ar de dúvida?
Quem se abraçará comigo
Que terá de ser arrancada?
Quem vai pagar o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?
=Vinicius de Moraes=
Um Encanto
Um encanto
Em ti ver
Sem palavras fiquei
Em um olhar,
em pensamento tentei
te buscar
Sentimentos em mim
começou a se restaurar
Paixão
Amor
...
Doce como mel
Amando sem ao menos te ver
Sonhos, que surge
ao lembrar de você
Em pensamento viajei
em muitos lugares com você
Andando, correndo
e olhando por muitas partes
...
De uma forma algo vem querer
morar mim
Uma grande coisa que na qual
Desejo descobrir
e aprender com você
E não errar
...
É um sonho
Um sentimento
que se move como vento
E Com a beleza da primavera
Flores que nascem
E que se abrem
E que de uma forma vem
mostrando sua beleza
...
Momentos
que se marcarão
E um limite a ser ultrapassado
Barreiras,
Muralhas
Pois que nada venha nos impedir
Mas sempre venha
Como a brisa da manhã
e a luz do sol a iluminar
E como as estrelas venha
com sua formosura
e beleza a nos mostrar
E que nisso venha um canto:
"...Menina garota,
como te amo neste encanto"
poemas de amor de outono.
Soraya...
As folhas já começam a secar e cair cobrindo o chão.
Uma linda colcha de retalhos. As noites se tornam
mais longas.
A brisa fresca nos brinda. Ao embalo do vento se
ouve uma seresta de folhas secas .
O farfalhar da vida na nova estação.
E como é lindo o céu da encantada noite
- pontilhado de estrelas.
Essas pequeninas luzes vigiam nosso sono e
encantam nossos sonhos.
Na sua beleza se compreende a criação divina.
O silêncio nos acalenta e convida a devaneios.
Como a natureza, que nessa época troca sua vestimenta,
vamos aproveitar para trocarmos a de nossa alma.
Que as folhas secas da tristeza, mágoa, decepção e desamor, caiam todas e, em seu lugar, nasçam novas folhagens,
belas e harmoniosas.
Uma noite de bons e frescos sonhos.
Um despertar de renovação.
Versos de amor.
Canto o amor
por que ele me faz encantar
Ele alegra meu coração
e me faz delirar
Sonho com ele por que ele
me faz sonhar
E assim vou levando
até conseguir eternizar...
Pode o vento soprar
e lá estará sem movimentar
Pode a noite cair
e lá estará sempre iluminando
Pode o dia estar claro
ou chuvoso em seu terminar
Que assim como o amor
o céu continuará brilhando
Este sentimento repleto
de ternura e verdadeiro
Estará guardado
sempre por inteiro
Dentro desta minh’alma
derradeira
Que jaz aqui neste paraíso
passageiro
E tão logo venha a partida
deste amor sementeiro
Levará consigo a minha essência
milagreira.
Sapientia est gloria poëtarum
ângela lugo¨
Noite triste...
Noite triste...
Noite vazia...
Meu pensamento
não se cansa de ti !
Sem ti...não existo !
Sou barco sem mar,
Campo sem flor !
Tua imagem está
emoldurada
Pelas mais doces lembranças.
Os meus braços
precisam dos teus !
Teus abraços
precisam dos meus !
Tenho os olhos cansados
De olhar para o além.
Estou tão sózinho !
Silêncio...
Pergunto por ti.
Ninguém responde,
Onde estás ?
Chamo o teu nome !
Vem...
Quero-te...
Desejo-te...
Vou te esperar...
No silêncio !
JORGE BRITES
SIM, EU TE AMO.
Aguardo uma resposta
que não vem,
Meu grito vai sem eco
pelo espaço.
Tomado pela dor,
pelo cansaço,
Espero aqui, sozinho,
sem ninguém...
Quisera num segundo
ter meu bem
Deitada, aqui quietinha
no meu braço;
Não posso, não consigo
e nem disfarço,
Só saudade;
meu peito, triste, tem...
Silêncio me matando assim,
aos poucos,
Distância, uma feroz vicissitude,
Procuro, então,
tomar uma atitude
Antes que os dias
fiquem todos loucos,
Lidar com tua ausência?
Não consigo.
Quem dera ter-te aqui,
junto comigo..
Marcos Loures
Dois Corações que se Buscam.
Não se sabem
Mas se querem.
Dois corações
que se sentem
Desconhecem os rostos
Clamam presença.
Dois corações
que chamam
Falam baixinho
Sem gritos, sem medos.
Dois corações
que se perdem
Percorrem caminhos
atravessam fronteiras.
Dois corações
que acreditam,
Se perdem no vento
Apostam no tempo!
Dois corações
que se sonham
Seduzem as horas...
Dividem a lua.
Dois corações
que se amam
Não se sabem
Mas se esperam!
delfin peixoto.
Percebi que te amo.
Quando vi que bastava
Um atraso teu
Para sentir esvair-se em mim
A indiferença,
Por temer que tu
não viesse mais.
Percebi que te amo
Quando vi que bastava
Uma frase tua
Para fazer com que uma noite,
Como uma outra,
Começasse por encanto
a iluminar-se.
E pensar que pouco tempo antes,
Falando com alguém,
Me tinha posto a dizer
que naquela altura
Não voltaria mais
A acreditar no amor
A iludir-me e sonhar.
E eis que depois
Percebi que te amo,
E já era tarde demais
para voltar.
Por um pouco
procurei em mim
A indiferença,
Depois me deixei
viver no amor.
Por um pouco procurei
em mim a indiferença,
Depois,
depois me deixei viver
no amor.
delfin peixoto.
Não me Esquecerei de Ti!!!
Não me esquecerei de ti
Como não me esqueço de nós.
Estarás sempre aqui
Pois lembro, ainda, a tua voz
Não me esquecerei de ti
Como não te esqueces de mim
Sei que em ti, um dia, flori,
Não fosses tu o meu jardim.
Não me esquecerei de ti
Pois vejo-te no céu a brilhar
E chegas a iluminar tudo aqui
Lembrar-te-ei sempre assim,
Brilho intenso no céu,
Calor que me afoga em mim.
Não me esquecerei de ti!
delfim peixoto
Desejo.
Desejo...
Nasce em mim o desejo
de sentir o teu cheiro,
De colar a minha na tua pele,
de tocar os teus cabelos
E olhar os teus olhos,
tão belos…
Cresce a vontade de abrir os meus braços
e acolher-te
Assim, no meu peito,
dando-te o meu abraço meigo que
Calmamente esperas ter,
e nele me perder…
Sinto o meu corpo vibrar,
ansiando a tua chegada,
Em mim,
qual abrigo quente e sereno, onde
Quero proteger
o sentimento mais belo,
Onde quero permanecer,
num beijo
Molhado, dado com o fogo
Que me arde nos lábios
Que anseiam os teus
Cresce a sensação
De já não estar
Em mim, pois
Em ti
Estou.
delfim peixoto.
Vou dizer baixinho ...
Vou dizer baixinho no teu ouvido:
quero...
Nas tuas águas
que dão vida ao meu mundo,
mergulhar profundo.
Sentir teu corpo
quente coladinho ao meu
e dizer, sou teu.
Nos nossos abraços,
sentir todos os cheiros teus
mesclados aos meus.
Nas curvas molhadas
desse teu corpo moreno,
deslizar sereno...
Jotabe
O galo orgulhoso.
Dois galos estavam, disputando em feroz luta pelo
direito de comandar a chácara.
Por fim um pôs o outro para correr.
O Galo derrotado afastou-se e foi se recolher num lugar sossegado.
O vencedor, voando até o alto de um muro, bateu as asas e
exultante cantou com toda sua força.
Uma Águia que pairava ali perto lançou-se sobre ele, e com um
bote certeiro levou-o preso em suas poderosas garras.
O Galo derrotado saiu do seu canto, e daí em diante reinou
absoluto livre de disputa.
O Orgulho leva antes à destruição...
APRENDI...
Eu aprendi que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma
pessoa mais velha;
Eu aprendi que ter uma criança adormecida nos braços é um dos
momentos mais pacíficos do mundo;
Eu aprendi que ser gentil é mais importante do que estar certo;
Eu aprendi que nunca se deve negar um presente a uma criança;
Eu aprendi que eu sempre posso fazer uma oração por alguém quando não tenho a
força para ajuda-lo de alguma outra forma;
Eu aprendi que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós
precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto;
Eu aprendi que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um
coração para nos entender;
Eu aprendi que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de
verão quando eu era criança fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto;
Eu aprendi que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;
Eu aprendi que dinheiro não compra "classe";
Eu aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;
Eu aprendi que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser
apreciada, compreendida e amada;
Eu aprendi que Deus não fez tudo num só dia; O que me faz pensar que eu possa?
Eu aprendi que ignorar os fatos não os altera;
Eu aprendi que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que
essa pessoa continue a magoar você; Eu aprendi que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura
todas as feridas;
Eu aprendi que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente
mais inteligente do que eu;
Eu aprendi que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;
Eu aprendi que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi que a vida é dura,
mas eu sou mais ainda;
Eu aprendi que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Eu aprendi que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;
Eu aprendi que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;
Eu aprendi que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;
Eu aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;
Eu aprendi que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento
ocorre quando você está escalando-a.
=W. Shakespeare=
A SERPENTE E O VAGALUME.
Conta a lenda que uma vez uma serpente começou
a perseguir um vaga-lume.Este fugia rápido,com
medo da feroz predadora e a serpente nem pensava
em desistir.Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias
e nada...No terceiro dia,já sem forças,o vaga-lume
parou e disse a cobra:
Posso lhe fazer três perguntas?
Não costumo abrir esse precedente para ninguém
mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar
Pertenço a sua cadeia alimentar?
Não!
Eu te fiz algum mal?
Não!
Então, por que você quer acabar comigo?
Porque não suporto ver você brilhar...
"PENSE NISSO"!
Somos assim...
"Somos assim. Sonhamos o vôo, mas tememos as alturas.
Para voar é preciso ter CORAGEM para enfrentar o
terror do vazio. Porque é só no vazio que o vôo acontece.
O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas.
Mas é isso que tememos: o não ter certezas.
Por isso trocamos o vôo por gaiolas. As gaiolas são
o lugar onde as certezas moram."
(A.D)
=Paulo Roberto Gaefke=
"Somente quando estamos tranquilos, somos capazes
de ver as coisas como elas realmente são.
A ansiedade gera o medo,
o medo gera a paralisação, a paralisação inibe as atitudes.
Sem atitude somos vítimas do fracasso, e o fracasso é a anulação,
o descaso, é o deixar-se levar…
A vida é um barco que pede remos,
e disposição para remar.''
=Paulo Roberto Gaefke=
Inesquecíveis Carinhos.
Penetra a alma
Regenera o ser
Revigora as forças
Faz reviver
Devolve a paz
Calmante potente
Transmite ternura
Alegra o presente
Deixa marcas
Poder invisível
Esquecer?
Impossível
Fica na mente
Provoca lembranças
Faz sorrir
Como as crianças
Ficaram eternizados na mente
Jamais ficaram pelos caminhos
Este poder transformador?
São os seus...
Inesquecíveis carinhos.
José Milton Oliveira Santos
SE EU PUDESSE...
Se eu pudesse,iria
às estrelas reivindicar
a luz que nelas existe,
que com certeza levaram
do brilho do teu olhar.
Para a lua, pediria,
que não tardasse a devolver
toda beleza e magia,
que faz da vida poesia,
nesse teu jeito de ser.
Ao sol então eu diria
para nunca mais invejar
o dourado dos teus cabelos
e o lindo rastro de luz,
que sigo ao te ver passar.
Para o belo firmamento
que transforma o mar em paraíso,
quero a paz e encantamento,
que pertencem ao teu sorriso.
Ao céu de tão belo fulgor,
nas noites ou alvorecer,
confessaria que meu amor
e minha razão de viver,
para tudo que é belo e divino,
não fica nada a dever.
FalcaoSR
QUE TAL AMOR?
Minha cabeça roda sem juízo
Bebendo cada boca
diferente.
Em todas,
procurei o paraíso,
Que na verdade
estava até bem quente
Mais parecendo inferno
onde sem siso,
Descubro
que valeu ser penitente.
No toque mais veloz
e mais preciso,
A boca me mordia,
de repente.
Se necessário,
amada, beijo os pés,
Molambo desarmado
e sem vergonha.
Vivendo
quase sempre de viés
No jogo da esperança
e da incerteza
Onde quer que essa sorte
me componha,
Me deixarei levar
na correnteza...
=Marcos Loures=
Estejas Onde Estiveres...
Estejas onde estiveres
Sinto o teu perfume
entranhado em mim
Como o pulsar do meu coração…
Vás para onde fores,
a minha alma voará
Com os teus passos
e ficará contigo
Até ao dia
em que me darás de volta.
Sei que respiro contigo,
que sinto contigo,
Sei que vibro contigo,
que voo contigo
Sei que estou em ti,
não em mim.
Esteja eu onde estiver,
estarás comigo
Vá para onde for,
irás comigo
Não morrerei por ti
mas viverei
Sempre em ti!
Seja eu quem for serás
um pedaço de mim…
Sejas tu quem fores
serei eu também.
Sejamos o que formos
sei que
Fomos um só…
Estejas onde estiveres…
.eu estarei!
Esteja eu onde estiver
Tu estarás
Também!
(A.D)
Apenas um minuto.
Um minuto serve para você sorrir:
Sorrir para o outro, para você e para a vida.
Um minuto serve para você ver o caminho, olhar a flor,
sentir o cheiro da flor, sentir a grama molhada, notar
a transparência da água.
Basta um minuto para você avaliar a imensidão do infinito,
mesmo sem poder entendê-lo.
Em um minuto apenas você ouve o som dos pássaros que não
voltam mais.
Um minuto serve para você ouvir o silêncio, ou começar
uma canção.
É num minuto que você dará o sim que modificará sua vida...
e basta.
Basta um minuto para você apertar a mão de alguém e conquistar
um novo amigo.
Em um minuto você pode sentir a responsabilidade pesar em seus ombros:
a tristeza da derrota, a amargura da incerteza, o gelo da solidão, a
ansiedade da espera, a marca da decepção e a alegria da vitória...
Quanta vitória se decide num simples momento, num simples minuto!
Num minuto você pode amar, buscar, compartilhar, perdoar, esperar,
crer, vencer e ser...
Num simples minuto você pode salvar a sua vida...
Num pequeno minuto você pode incentivar alguém ou desanimá-lo!
Basta um minuto para você recomeçar a reconstrução de um lar
ou de uma vida.
Basta um minuto de atenção para você fazer feliz um filho, um aluno,
um professor, um semelhante...
Basta um minuto para você entender que a eternidade é feita de minutos."
(A.D)
jogando suas pedrinhas...
Certa vez, um homem caminhava pela praia numa noite de lua cheia.
- Pensava desta forma:
- Se tivesse um carro novo, seria feliz;
- Se tivesse uma casa grande, seria feliz;
- Se tivesse um excelente trabalho, seria feliz;
- Se tivesse uma parceira perfeita, seria feliz,
quando tropeçou com uma sacolinha cheia de pedras.
Ele começou a jogar as pedrinhas uma a uma no mar cada vez que dizia:
- Seria feliz se tivesse...
Assim o fez até que somente ficou com uma pedrinha na sacolinha,
que decidiu guardá-la. Ao chegar em casa percebeu que aquela
pedrinha tratava-se de um diamante muito valioso.
Você imagina quantos diamantes ele jogou ao mar sem parar
para pensar?
Assim são as pessoas - jogam fora seus preciosos tesouros por
estarem esperando o que acreditam ser perfeito ou sonhando e
desejando o que não têm, sem dar valor ao que têm perto delas.
Se olhassem ao redor, parando para observar, perceberiam quão
afortunadas são. Muito perto de si está sua felicidade.
Cada pedrinha deve ser observada - pode ser um diamante valioso.
Cada um de nossos dias pode ser considerado um diamante precioso,
valioso e insubstituível. Depende de cada um aproveitá-lo ou
lançá-lo ao mar do esquecimento para nunca mais recuperá-lo.
E você como anda, jogando suas pedrinhas? que podem
ser familia, amigos, trabalho, e até mesmos seus sonhos...
(A.D)
Jogo de Olhares...
A lua está hoje tão triste
Lembra-me o teu olhar há pouco
Não sofras não chores mais
Minha alma consolará a tua
Basta teus olhos dizerem-me:
amo-te
e serei feliz
Meu amor é sincero
Nele vai toda a minha vida
O meu sofrer,
a minha alegria.
Meus olhos dizem-te
quero-te para sempre
Não importa o que sejas
o que serás.
Serei feliz
com todo o amor
que por ti sinto
Nesta poesia que te dedico
Traduz tudo o que sinto.
Está guardada
na minha alma
é o que nunca te disse
é o que nunca escrevi
e por dizer ficou.
Mas o que disse ficará
como eterna recordação.
Estas folhas serão esquecidas
rasgadas talvez
meu coração deixará de bater
Mas as páginas da vida
nosso amor
não esquecerá...
ASobral
Ninguem...
Ninguem é tao forte que
nunca tenha chorado,
Ninguém é tao fraco que
nunca tenha vencido,
Ninguém é tao suficiente que
nunca precisou ser ajudado,
Ninguém é tao sábio que
nunca tenha errado,
Ninguém é tão alguém que
nunca precisou de ninguém!
(A.D)
SOLTE A PANELA.
Conta-nos um mestre, que certa vez, um urso
faminto perambulava pela floresta em busca de alimento.
A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu
o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores.
Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio,
foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão
de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a
abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela,
devorando tudo. Enquanto abraçava a panela, começou a perceber
algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina… Ele estava
sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava.
O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou
as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.
Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a
panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava,
mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.
Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso
recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida.
O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e,
seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.
Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em nossa
vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes.
Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro,
e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e
esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero.
Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados
por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos.
(A.D.)
A Verdade.
Um dia, a Verdade andava visitando os homens
sem roupas e sem adornos, tão nua quanto o seu nome.
E todos os que a viam viravam-lhe as costas de
vergonha ou de medo e ninguém lhe dava as boas vindas.
Assim a Verdade percorria os confins da Terra,
rejeitada e desprezada.
Numa tarde, muito desolada e triste, encontrou a Parábola,
que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.
- Verdade, porque estás tão abatida? - perguntou a Parábola.
- Porque devo ser muito feia já que os homens me evitam tanto!
- Que disparate - riu a Parábola - não é por isso que os homens
te evitam. Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o
que acontece.
Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e,
de repente, por toda a parte onde passava era bem vinda.
Então a Parábola falou:
- A verdade é que os homens não gostam de encarar
a Verdade nua; eles a preferem disfarçada...!
(autor desconhecido)
Às vezes as pessoas que mais nos decepcionam...
Às vezes nos falta esperança.
Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos
que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar.
É nossa razão de existir. Às vezes estamos sem rumo,
mas alguém entra em nossa vida, e se torna nosso destino.
Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas,
e a solidão aperta nosso coração pela falta de
uma única pessoa.
Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer,
nos faz querer parar de viver, até que algo toque
nosso coração, algo simples como a beleza de um
por de sol, a magnitude de uma noite estrelada,
simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto,
é a força da natureza nos chamando para a vida.
Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras
e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade.
Você entende que o que para você era amizade, para outros
era apenas conveniência, oportunismo.
Você descobre que algumas pessoas nunca disseram eu te amo,
Descobre também que outras disseram te amo uma única vez e
agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu
sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um
coração quebrado.
Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes
isso é necessário, existe uma diferença muito grande entre
conhecer o caminho e percorrê-lo.
A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna.
A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que
ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem...
"Às vezes as pessoas que mais nos decepcionam, são as que
mais amamos.
Justamente porque as julgamos perfeitas e esquecemos que são humanas."
(autor desconhecido)