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=PARA VIVER COM POESIA=

No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as
únicas que o vento não consegue levar:
um estribilho antigo, o carinho no momento preciso,
o folhear de um livro,
o cheiro que um dia teve o próprio vento...

=(Mário Quintana - Para Viver Com Poesia)=





...







sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Soneto.


Ouvi, senhora, o cântico sentido
Do coração que geme e s´estertora
N´ânsia letal que mata e que o devora
E que tornou-o assim, triste e descrido.
Ouvi, senhora, amei; de amor ferido,
As minhas crenças que alentei outrora
Rolam dispersas, pálidas agora,
Desfeitas todas num guaiar dorido.
E como a luz do sol vai-se apagando!
E eu triste, triste pela vida afora,
Eterno pegureiro caminhando,
Revolvo as cinzas de passadas eras,
Sombrio e mudo e glacial, senhora,
Como um coveiro a sepultar quimeras!

=Augusto dos Anjos=

Soneto Puro.


Fique o amor onde está;
seu movimento nas equações marítimas
se inspire para que, feito o mar,
não se retire de verdes áreas de seu vão lamento.
Seja o amor como a vaga ao vago intento de
ser colhida em mãos; nela se mire e,
fiel ao seu fulcro, não admire as enganosas
rotações do vento. Como o centro de tudo,
não se afaste da razão de si mesmo, e se contente
em luzir para o lume que o ensolara.
Seja o amor como o tempo – não se gaste e,
se gasto, renasça, noite clara que acolhe a treva,
e é clara novamente.

=Ledo Ivo=

Minha menina.


Sempre que olho para o céu
Sinto uma vontade de ter asas
Voar para te encontrar
Uma vontade de possuir você
Você que me ama Sabe o que sinto
Quando olho para o céu
Às vezes chega até doer
As estrelas me lembram você
Tão linda, tão iluminada
Mas tão distante de mim
Perdoe-me amor
Não me canso de pensar
Que um dia poderei tocar você
Dizer pessoalmente
O bem que me fazes
O quanto és importante
Às vezes penso que você é apenas um sonho...
Que um dia eu irei acordar
E viver somente da saudade que
sentirei de você
Hoje está frio em meu quarto
Sinto mais ainda tua falta
Vontade de tirar você dos meus sonhos e
trazê-la para minha realidade
Ouço tua voz dizendo que me ama e que
és minha menina Me entristeço, confesso...
Não sei se devia...
Mas o que fazer se te amo demais?
O mar traz tua lembrança Sei que tua essência
vem dele Assim como a minha também Por isso
sinto tua falta Teu amor me alimenta
Teus dengos me animam Teus carinhos me excitam
Tua voz me embriaga Estou só em meu quarto
Mas estou com você em meu coração
Desejando que meu amor tenha uma boa noite
Que seus sonhos sejam lindos como são os meus
Que eu possa estar com você caminhando
de mão dadas pela praia...
Não sei o que será do futuro
Nem quero pensar Somente desejo curtir você
Enquanto for minha somente minha...

=Eduardo Baqueiro=

Amor - pois que é palavra essencial.


Amor - pois que é palavra essencial
comece esta canção e toda a envolva.
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia,
reúna alma e desejo, membro e vulva.
Quem ousará dizer que ele é só alma?
Quem não sente no corpo a alma expandir-se
até desabrochar em puro grito de orgasmo,
num instante de infinito? O corpo noutro
corpo entrelaçado, fundido, dissolvido,
volta à origem dos seres, que
Platão viu completados: é um, perfeito em dois;
são dois em um. Integração na cama ou já no cosmo?
Onde termina o quarto e chega aos astros?
Que força em nossos flancos nos transporta
a essa extrema região, etérea, eterna?
Ao delicioso toque do clitóris,
já tudo se transforma, num relâmpago.
Em pequenino ponto desse corpo, a fonte,
o fogo, o mel se concentraram.
Vai a penetração rompendo nuvens e
devassando sóis tão fulgurantes que nunca
a vista humana os suportara, mas, varado de luz,
o coito segue. E prossegue e se espraia de tal
sorte que, além de nós, além da prórpia vida,
como ativa abstração que se faz carne,
a idéia de gozar está gozando. E num sofrer de gozo
entre palavras, menos que isto, sons, arquejos, ais,
um só espasmo em nós atinge o climax: é quando o
amor morre de amor, divino. Quantas vezes morremos
um no outro, nu úmido subterrâneoda vagina, nessa
morte mais suave do que o sono: a pausa dos sentidos,
satisfeita.
Então a paz se instaura.
A paz dos deuses, estendidos na cama,
qual estátuas vestidas de suor,
agradecendo o que a um deus acrescenta
o amor terrestre.

=Carlos Drummond de Andrade=

O amor.


O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p´ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr´a saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar.

=Fernando Pessoa=

Intervalo amoroso.


O que fazer entre um orgasmo e outro,
quando se abre um intervalo sem teu corpo?
Onde estou, quando não estou no teu gozo incluído?
Sou todo exílio? Que imperfeita forma de ser é
essa quando de ti sou apartado? Que neutra forma
toco quando não toco teus seios, coxas e não recolho
o sopro da vida de tua boca? O que fazer entre um
poema e outro olhando a cama, a folha fria?

=Affonso Romano de Sant´Ana=

Sossega coração.


Sossega, coração!
Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperança a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme.
A grande, universal, solene pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.

=Fernando Pessoa=

Imenso amor o meu.=Solange Rech=


Imenso amor o meu, tão grande
Que minha alma, liberta da couraça
Do egoísmo, da mágoa, da aridez,
Vive no espaço que esse amor lhe traça.
Dia após dia, mês depois de mês,
Sigo teus passos, preso à tua graça.
És a resposta a todos os porquês
E a afirmação de que nem tudo passa.
Quando disseste “vem comigo”, eu vim
Pois eras a esperança, eras meu sonho
Mais divino, mais puro, mais pudico.
Como a lei natural impõe um fim,
Morra eu, que de matéria me componho,
Mas nunca morra o amor que te dedico.

=Solange Rech=

Pela luz dos olhos teus.


Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu
Deus Que frio que me dá o
encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só
pra me provocar
Meu amor, juro por Deus
me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem
mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se
pode achar
Que a luz dos olhos meus
precisa se casar.

=Vinicius de Moraes=

Saudade.


Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que
ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

=Pablo Neruda=

Se eu te amasse mais.


Se eu te amasse mais do que te amo agora
Não teria a certeza que tenho de que vivo
Eu vou te amar assim Por essa vida afora
Guardando pra nós dois A causa e o motivo
Se eu te amasse mais do que te amo agora
Eu sei que meu olhar não te diria tanto
Não te amei de repente E nem escolhi a hora
Mas cuide deste amor Mesmo que haja pranto
Às vezes, como hoje Eu só te sorriria
Mas não importa muito No amor não há demora
E se te amasse mais Talvez eu erraria
Te dou o amor que tenho
Amor que ri
E que chora
Seria um tempo em vão
Eu sei que morreria
Se eu te amasse mais do que te amo agora.

=Martinha=

Quem Namora. =Artur da Távola=


Quem namora agrada a Deus.
Namorar é a forma bonita de viver um amor.
Não namora quem cobra nem quem desconfia.
Namora, quem lê nos olhos e sente no coração
as vontades saborosas do outro.
Namora, quem se embeleza em estado de amor
A pele melhor, o olhar com brilho de manhã.
Namora, quem suspira, quem não sabe esperar,
mas espera, quem se sacode de taquicardia e
timidez diante da paixão. Namora, quem ri por bobagem,
quem entra em estado de música da Metro,
quem sente frios e calores nas horas menos recomendáveis.
Não namora quem ofende, quem transforma a relação num inferno,
ainda que por amor. Amor às vezes entorta, sabia?
E quando acontece, o feito pra bom faz-se ruim.
Não namora quem só fala em si e deseja o parceiro
apenas para a glória do próprio eu.
Não namora quem busca a compreensão para a sua parte ruim.
O invejoso não namora. Tampouco o violento! Namorados que
se prezam tem a sua música. E não temem se derreter quando ela toca.
Ou, se o namoro acabou, nunca mais dela se esquecem.
Namorados que se prezam gostam de beijo, suspiro,
morderem o mesmo pastel, dividir a empada, beber no mesmo copo.
Apreciam ternurinhas que matam de vergonha fora do namoro ou lhes
parecem ridículas nos outros. Por falar em beijo, só namora
quem beija de mil maneiras e sabe cada pedaço e gostinho da boca amada.
Beijo de roçar, beijo fundo, inteirão, os molhados, os de língua,
beijo na testa, beijo livre como o pensamento, beijo na hora certa
e no lugar desejado. Sem medo nem preconceito. Beijo na face,
na nuca e aquele especial atrás da orelha no lugar que só ele ou ela conhece.
Namora, quem começa a ver muito mais no mesmo que sempre viu e
jamais reparou. Flores, árvores, a santidade, o perdão, Deus,
tudo fica mais fácil para quem sabe de verdade o que é namorar.
Por isso só namora quem se descobre dono de um lindo amor,
tecido do melhor de si mesmo e do outro. Só namora quem não
precisa explicar, quem já começa a falar pelo fim, quem consegue
manifestar com clareza e facilidade tudo o que fora do namoro é complicado.
Namora, quem diz: "Precisamos muito conversar"; e quem é capaz
de perder tempo, muito tempo, com a mais útil das inutilidades e
pensar no ser amado, degustar cada momento vivido e recordar palavras,
fotos e carícias com uma vontade doida de estourar o tempo e embebedar-se
de flores astrais. Namora, quem fala da infância e da fazenda das férias,
quem aguarda com aflição, o telefone tocar e dá um salto para atendê-lo
antes mesmo do primeiro trim. Namora quem namora, quem à toa chora,
quem rememora, quem comemora datas que o outro esqueceu.
Namora quem é bom, quem gosta da vida, de nuvem, de rio gelado
e de parque de diversões. Namora quem sonha, quem teima,
quem vive morrendo de amor e quem morre vivendo de amar.

=Artur da Távola=

Simplesmente o amor.


O amor não tem pressa,
Não tem jeito,
Não tem hora,
Não tem motivo.
O amor simplesmente
acontece
Simplesmente nasce,
Simplesmente flui,
Simplesmente,
simplesmente O amor.

=Davi Matos=

Para Ti.


Foi para ti que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras e
todas me faltaram no minuto em que
falhei o sabor do sempre Para ti dei
voz às minhas mãos abri os gomos do
tempo assaltei o mundo e pensei que tudo
estava em nós nesse doce engano de tudo
sermos donos sem nada termos simplesmente
porque era de noite e não dormíamos eu
descia em teu peito para me procurar e
antes que a escuridão nos cingisse a
cintura ficávamos nos olhos vivendo de
um só olhar amando de uma só vida.

=Mia Couto=

Amor.


Amemos!
Quero de amor Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu´alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
Quero em teus lábio beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d´esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
Vem, anjo, minha donzela,
Minha alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!

=Álvares de Azevedo=

Amor é bicho instruído.


Amor é bicho instruído Olha:
o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem às vezes
não sara nunca às vezes sara amanhã.

=Carlos Drummond de Andrade=

Ah! O Amor...


O amor é como uma borboleta.
Por mais que tente pegá-la,
ela fugirá. Mas quando menos esperar,
ela está ali do seu lado.

=Mario Quintana=

Fragmentos de Amor.


Interessante nosso caso!
Nosso amor parece ter encontrado
a pitada certa
O tempero no ponto exato,
Pois não é doce demais,
tampouco salgado...
Ele é algo difícil de se explicar.
É como uma rosa que teima
nascer entre pedras,
Desafiando o calor intenso
e a falta d´água
Mas, depois de algum tempo,
suas raízes encontraram solo fértil
Então, na calada da noite,
cresceu e se tornou uma linda rosa...
Uma rosa que é rosa à noite e é azul de dia.
Um amor que cresceu sem se importar
onde ia chegar E chegou onde está,
mais seguro, mais tranqüilo mais maduro.
Um amor que une uma peixinha e um lobo
Um lobo que aprendeu a amar o mar para
poder chegar perto de sua amada!
Uma peixinha que, de teimosa,
ensinou um lobo a amá-la
Estranhos os caminhos do amor!
Maravilhosos os efeitos deste amor
dentro de nós! Desejo a nós dois muito
tempo para dividirmos, Muito amor para gastar,
Muitos sorrisos e muitas gargalhadas,
Porque a vida, apesar de seus contratempos, é linda!
Muito mais linda com você junto de mim!
Com amor e carinho.

=Eduardo Baqueiro=

Quando o amor chegar.


Esta paz que sentes no peito É coisa passageira,
É apenas calmaria, Prepara-te para a tempestade!
Assim é a vida... Não te dará trégua,
Deixar-te-á apenas descansar.
O turbilhão está nascendo Em teu peito.
Aquela bandida está chegando...
Está invadindo tua intimidade...
Já não irás dormir esta noite,
Teus pensamentos serão roubados.
É o amor que vem!
Chega sem pedir-te licença,
Acomodando-se em teu peito,
É a paz dizendo adeus.
Vive estes momentos de amor
Como se fosse a última vez,
Talvez o seja! Não te importes,
Entrega-te aos braços de teu amor!
Talvez amanhã possa ser tarde...
Ela pode não esperar.
No peito, ela carrega muito amor
Pra dividir com aquele
Que se atreva a amá-la.
Assim como chegou Ela poderá partir...
A dor se instalará no teu peito,
Mas sentirás a sensação doce de
saber que um dia ela te pertenceu!

=Eduardo Baqueiro=

=Raul Seixas=


"Enquanto todos praguejavam contra o frio,
fiz a cama na varanda!"

=Raul Seixas=

Entre chegar e partir...


guardo a lembrança de cada encontro,
com os olhos fechados caminho sobre a felicidade...
Não me deixe perder deste sentir...a leveza
Enquanto meus olhares eternizam tua presença,
quero esquecer o dia em que provei o amargor
engasgado da tua partida.

¬Dolce Bárbara¬

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

♫ =Clarice Lispector =♫


...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Passei a vida tentando corrigir os
erros que cometi na minha ânsia de acertar.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver
o que não entendo quero sempre ter a garantia
de pelo menos estar pensando que entendo,
não sei me entregar à desorientação.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Não tenho tempo pra mais nada,
ser feliz me consome muito.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado:
pensava que, somando as compreensões, eu amava.
Não sabia que, somando as incompreensões é que se
ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho,
pensei que amar é fácil.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


E se me achar esquisita,
respeite também.
até eu fui obrigada a me respeitar.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


É curioso como não sei dizer quem sou.
Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.
Sobretudo tenho medo de dizer, porque no
momento em que tento falar não só não exprimo
o que sinto como o que sinto se transforma
lentamente no que eu digo.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Suponho que me entender não é uma questão
de inteligência e sim de sentir,
de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Não quero ter a terrível limitação de quem vive
apenas do que é passível de fazer sentido.
Eu não: quero uma verdade inventada.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Saudade é um pouco como fome.
Só passa quando se come a presença.
Mas às vezes a saudade é tão profunda que
a presença é pouco: quer-se absorver a outra
pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para
uma unificação inteira é um dos sentimentos
mais urgentes que se tem na vida.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Liberdade é pouco.
O que eu desejo ainda não tem nome.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


A palavra é meu domínio sobre o mundo.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Brasília…Uma prisão ao ar livre.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Que ninguém se engane, só se consegue
a simplicidade através de muito trabalho.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Sim, minha força está na solidão.
Não tenho medo nem de chuvas tempestivas
nem das grandes ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Renda-se, como eu me rendi.
Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender, viver ultrapassa
qualquer entendimento.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso.
Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta
nosso edifício inteiro.

♫ =Clarice Lispector =♫

♫ =Clarice Lispector =♫


Se eu errar que seja por muito.
Por amar demais, por me entregar demais,
por ter tentado ser feliz!

♫ =Clarice Lispector =♫

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